quarta-feira, 19 de julho de 2017

Futebol de rua: Realizando um sonho que não pôde ser realizado

Reza a lenda que todo brasileiro já quis ser jogador de futebol, já que em cada esquina… quer dizer, em cada rua sempre tem algum grupo de amigos jogando bola, e isso não é de hoje. O esporte mais popular do Mundo faz parte da vida dos brasileiros desde a infância, quando ainda davam os primeiros passos.

Poucos conseguiram realizar o sonho de ser jogador de futebol, a grande maioria seguiu outra carreira, mas o futebol de rua nunca foi deixado de lado, aqueles que outrora se divertiam dando chutes nas bolas, hoje lembram-se com carinho de tempos que não voltam mais (ou voltam).


O graduando em jornalismo Rafael Augusto, 26, é, assim como a grande maioria do povo brasileiro, um apaixonado por futebol. Nascido e criado em Campina Grande, o estudante que divide o seu coração com o Treze e o Palmeiras, recorda com saudade dos tempos em que se divertia jogando futebol na rua com os amigos “Era um tempo gostoso, fazíamos da rua as nossas arenas, sem nos preocuparmos com o perigo.” Rafael ainda afirma que, independe do tempo, fosse chuva ou sol, a partida aconteceria. “Nem o medo da topada nos impedia de darmos um ‘dedão’ na bola, foi épico” concluiu.


Se os adultos de hoje recordam com carinho dos tempos em que a única preocupação era saber quem escolheriam para fazer parte dos seus times, as crianças não deixaram o futebol de rua morrer, como é o caso de Ronaldo Júnior, de apenas 11 anos, que todos os dias brinca de bola em frente a sua casa, que, curiosamente, fica em uma ladeira. “É muito bom jogar aqui, a parte ruim é quando a bola desce a ladeira, a gente tem que ir buscar.” Júnior diz que sempre que sai da escola chama os amigos para jogar futebol “Quando a gente começa a brincar os vizinhos chegam e a brincadeira fica ainda melhor.”

Além do prazer de se divertir, da companhia dos amigos, das boas risadas após jogadas bisonhas, jogar futebol na rua é realizar um sonho que nunca foi realizado. É ser um jogador, não profissional, mas de várzea.

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